Cinema | A Dualidade de The Flash e o futuro da DC

O filme do nosso querido velocista escarlate, intitulado de The Flash, está chegando em Novembro de 2022 e com ele várias coisas são esperadas para esse longa-metragem como diversas aparições de personagens muito importantes do universo da DC e, principalmente, a promessa de todo Universo Estendido entrar nos eixos e termos novamente filmes conectados um com o outro, ideia emocionante para nós, fãs da editora.

Ver novamente a Trindade e Cia reunida com toda sua glória derrotando as piores ameaças que a Terra pode enfrentar. Ideia bem interessante, mas será que sua execução agradará de fato o público? Ou melhor, agradará os fãs? Confira comigo nesse texto!

O fato de o filme estar se inspirando na HQ conhecida como Flashpoint - obra esta que apresenta um universo alternativo inteiro, devido um erro cometido pelo próprio Barry Allen, o Flash desse quadrinho – traz diversas possibilidades quando o assunto é aparições de outros personagens, pois a saga não só envolve apenas a história do velocista e como ele deve corrigir o erro que o fez tirar sua linha do tempo dos eixos, como também envolve as pessoas ao seu redor que sofreram com essa alteração.

Espera-se mais das aparições do que o próprio desenrolar da saga do personagem principal, pois o longa talvez não trará as mesmas figuras que se encontram nos quadrinhos, como Mulher-Maravilha, Aquaman, Shazam, entre outros. Mas trará Supergirl, um outro Barry Allen (uma versão alternativa do original), e o Batman também… não só um Batman e sim DUAS versões do herói, uma interpretada por Ben Affleck e outra por Michael Keaton.

Mas o que de fato deixa dúbio a espera para esse filme? Afinal, o que realmente queremos é ver todos esses heróis juntos se aliando para derrotar algum vilão com motivações bem construídas, não é? A resposta é: sim, nós queremos! Porém, o que isso pode significar? A resposta leva para o outro assunto que foi abordado na introdução acima, ou seja, essas aparições prometem ser a solução para o DCEU entrar na linha e trazer novamente um universo compartilhado com todos os nossos queridos heróis, mas com versões bem… diferentes.

Quando se fala de DC, logo se pensa em Batman de Bruce Wayne, Superman de Clark Kent e Diana Prince de Mulher-Maravilha, não que não tenham versões alternativas interessantes desses ou sidekicks, vulgo ajudantes/aprendizes, algo que aparece com o tempo, conforme os personagens principais já possuem experiência o suficiente ou decidem expandir seu legado para mais justiceiros poderem aprender o suficiente para - quem sabe um dia – os substituírem.

Portanto, se o DCEU pretende voltar nos eixos, julga-se que essas figuras de maior peso estarão juntas para poder nos trazer a nossa tão sonhada Liga da Justiça, até porque, quando se fala em fazer um universo compartilhado (algo tentado pelo nosso querido Zack Snyder) pensamos em ver todos esses combatentes do crime e amantes da justiça unidos, lutando contra as forças do mal, todavia, especula-se que será o contrário: sidekicks como Supergirl e Batgirl substituirão a formação original da Trindade. A finalidade disso? Tentar apagar o que Zack tentou fazer (que não agradou NADA a Warner). Como?

Apagando os filmes dirigidos e conectados com o universo dele, bem como, substituir Ben Affleck por Michael Keaton, pois o mesmo não se vê mais vestindo o manto do morcego. Sabemos que são rumores, e que provavelmente são falsos, mas quando se trata da querida e amada Warner Bros. Pictures, tudo pode ser verdade. Colocar a DC nos eixos desse jeito? Jogando fora/desmerecendo os 80 anos de história de personagens como Batman e Superman que foi pouco explorado quando Snyder comandava é algo muito questionável, entretanto, parece que é esta a solução que a empresa procura no momento.

Vamos analisar até agora outro assunto: o que tivemos de Bruce como Batman e Clark com Super no universo compartilhado. Um filme solo para Clark, para Bruce um filme junto com o Clark, em seguida, Liga da Justiça em 2017, trazendo os dois juntos novamente. Totalizando apenas 3 filmes com as duas figuras mais importantes da DC.

Não faz sentido o público ter essa resposta como a certa: colocar os ajudantes substituindo os principais para fazer a DC voltar a fazer filmes que se encaixam. Por mais que Keaton se torne novamente o morcego, especula-se que o mesmo será apenas o mentor e não atuará nas ruas.

Não é uma ideia divertida para um universo que até agora parece que nem começou a respirar, pois sequer parece um universo. Não vemos desde 2017 (tirando a Zack Snyder Justice League em 2021) algo que reúna essas figuras fictícias para trabalharem juntos. Algo simples que todo fã quer: ver a Liga da Justiça destruindo as forças do mal que ameaçam nosso planeta e nossa liberdade, trazendo esperança nos momentos que parecem impossíveis de superar e lutando para estabelecer um equilíbrio dando para as pessoas a oportunidade de viver com segurança num mundo onde tudo é incerto, inclusive o dia de amanhã. Isso tudo está nas costas de The Flash.

Se a mochila de capacidade média de um militar do Exército Brasileiro pesa aproximadamente 20 kg quando o mesmo treina incansavelmente para combater um bom combate, a mochila de Andy Muschietti, diretor de The Flash, está com o peso de milhares de fãs que ele terá que carregar nas costas dependendo da visão que ele escolherá ser explorada no seu longa-metragem.

Se o mesmo salvará ou afundará o universo DC é uma incógnita, um ponto de interrogação tão grande quanto um troféu do Charada, mas que só será respondida no dia 04 de Novembro de 2022. Até lá, mexam seus pescoços (coisa que Michael Keaton não conseguia fazer) e vivam suas vidas sem preocupações (ou até um insider tirar seu sono), relaxem e tenham um bom filme DCnautas!